Uma das metas do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia é fortalecer uma rede de enfrentamento contra o racismo. Foi a partir desse propósito que, no dia 19 de novembro de 2018, o Ministério Público baiano lançou o "Mapa do Racismo", um aplicativo que recolhe denúncias e as envia para o órgão judicial.
. O resultado mostra que, só neste ano, o app registrou 181 denúncias, tendo 128 delas gerado encaminhamentos para a Promotoria de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa.
Os altos índices, segundo a promotora Lívia Vaz, são explicados por dois fatores: o primeiro é justamente a consolidação dessa rede de combate que aproxima a população dos canais de denúncia e o segundo é o aumento das manifestações de ódio.
"Isso ocorre principalmente nas redes sociais. As pessoas estão mais à vontade pra manifestar ódio religioso, ódio racial, misoginia, lgbtfobia, todas as formas de discriminação com as ditas minorias, que na verdade a gente chama de grupos vulnerabilizados. Isso tem aparecido com frequência.
De acordo com o relatório, em 2019, foram registrados 54 casos de racismo, 24 de injúria racial e 50 de intolerância religiosa. Como o aplicativo usa um sistema de georreferenciamento, é possível ver que a capital engloba a maioria das denúncias e que, nos dois primeiros crimes, a maior incidência está na região do Centro. No quesito intolerância religiosa, o maior número de denúncias se refere a atos realizados no bairro de Cajazeiras.
BNotícias/// Figueiredo