O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, afirmou hoje (16) que 17 policiais militares que estavam na sede da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e seus Familiares (Aspra) foram encaminhados à Corregedoria da Polícia Militar para apurar a responsabilização e o envolvimento nos ataques registrados na última semana, após o anúncio de greve por parte do movimento paredista liderado pelo deputado Soldado Prisco, presidente da associação.
No local, também havia nove civis (pessoas que não são militares), que serão ouvidos pela Polícia Civil. Além disso, foram achados chips de telefonia celular, tickets de combustível com carimbos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e um veículo da Casa Legislativa com dinheiro em espécie no interior.
Barbosa afirmou que eventuais irregularidades serão apuradas. "Não posso atestar qualquer tipo de irregularidade até que a parte contrária se explique. O que se pode dizer é que é uma situação suspeita", disse o secretário.
Os envolvidos nos ataques podem ser imputados por diversos crimes previstos no Código Penal Militar, de acordo com Barbosa. "Tenham a certeza de que, além da perda do cargo, o Código prevê prisão e uma série de consequências jurídicas mais gravosas do que se fosse um civil cometendo esses mesmos crimes", afirmou.
Na avaliação do secretário, já "não há mais espaço" para dúvidas sobre a normalidade da atuação policial. "Quanto mais se reverbera a dúvida se a polícia está ou não está em greve, mais facilita quem está querendo promover a situação de caos social. Quanto mais a gente bate nessa tecla, mais a gente volta a dar ensejo a áudios e fake news que promovem um clima de intranquilidade", declarou.
Informações: Metro1 // IF