Justiça

Janot e Gilmar tinham relação amistosa quando jovens, como mostra foto em que bebiam juntos

Ex-procurador-geral revelou que entrou armado no STF com a intenção de matar o ministro e depois se suicidar

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Janot (de camisa rosa) e Gilmar (à direita, com copo na mão): relação amistosa da viagem à Alemanha é só uma lembrançaFoto: Agência O Globo

Janot (de camisa rosa) e Gilmar (à direita, com copo na mão): relação amistosa da viagem à Alemanha é só uma lembrança Foto: Agência O GloboJanot (de camisa rosa) e Gilmar (à direita, com copo na mão): relação amistosa da viagem à Alemanha é só uma lembrança Foto: Agência O Globo

 

BRASÍLIA — A relação entre o ex-procurador da República Rodrigo Janot e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) já foi amistosa. Uma foto de 20 de agosto de 1988, revelada pelo GLOBO, mostra os dois bebendo vinho em um passeio de barco em Colônia, na Alemanha.

O clima da foto é bem diferente de quando Janot entrou armado no Supremo com a intenção de matar Gilmar e depois cometer suicídio. O episódio foi lembrado pelo próprio Janot em entrevistas publicadas nesta quinta-feira pelos jornais “O Estado de S. Paulo”, “Folha de S.Paulo” e pela revista “Veja”.

Janot e Gilmar passaram no concurso do Ministério Público em 1984. Quatro anos depois, durante viagem na Alemanha, se encontraram e resolvem passar o dia juntos. Durante um passeio de barco pelo Reno, entre um gole e outro de um barato vinho Riesling alemão, conversam sobre o Ministério Público, a Constituinte, a redemocratização. Tudo em clima de camaradagem, como registra a foto. No barco, além de Mendes e Janot, estavam também os procuradores Wagner Gonçalves e Guilherme Magaldi, hoje já aposentados.

Após a viagem, cada um seguiu um caminho. Após voltar de um mestrado na Alemanha, Mendes trabalhou no governo dos ex-presidentes Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso e, num intervalo entre os dois governos, assessorou o ex-ministro Nelson Jobim na Revisão Constitucional de 1993. Nunca mais voltou ao MP. Só saiu do governo para ocupar uma vaga no STF.

 

Globo /// Figueiredo