A Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), lança o livro "Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador", de Maria Alice Pereira da Silva. O evento acontece nesta quarta (18), a partir das 14h, no Espaço Cultural da Barroquinha, dentro da programação do Festival da Primavera. Na ocasião, além do lançamento, a FGM promove um seminário tendo como temática o conteúdo da obra de Maria Alice, com uma mesa de abertura que contará com a presença de Fabio Velame, da Faculdade de Arquitetura da Ufba; de André Fraga, titular da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis); de Ivete Sacramento, secretária municipal de Reparação; de Tata Muitá, Imê do Mutalombo Yê Kaiong; e de Fernando Guerreiro, presidente da FGM.
Às 14h30, o evento contará com a participação de Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), que vai falar sobre o projeto do Parque em Rede Pedra de Xangô, entre outras autoridades. Às 16h, acontece a palestra, ministrada pela própria autora, sobre o livro. E às 17h acontece oficialmente o lançamento da publicação. A obra – Fruto de um trabalho minucioso, a dissertação de mestrado da pesquisadora, que integra o grupo de EtniCidades da Faculdade de Arquitetura da Ufba, serviu de base teórica para o tombamento da Pedra de Xangô e da área considerada Sítio Histórico do antigo Quilombo Buraco do Tatu.
Maria Alice Pereira da Silva é advogada, mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Ufba. Ex-Secretária Municipal da Reparação da Cidade de Salvador, foi a primeira presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos dos Afrodescendentes . É sócia efetiva do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e membro do Instituto dos Advogados da Bahia. Estudiosa das questões afro-brasileiras, atua na área de direitos humanos, inclusão social e políticas públicas. Em seu estudo, a autora discorre sobre a formação rochosa de 8 metros de altura e, aproximadamente, 30 metros de diâmetro, localizada na Avenidra Assis Valente, em Cajazeiras. Além de analisar a importância da Pedra de Xangô enquanto elemento cultural para os terreiros de Cajazeiras, bem como para cultura afro-brasileira, o livro também investiga a utilização do monumento natural em festas públicas, dentro do calendário litúrgico e do cotidiano das religiões de matriz africana. Também investiga como as manifestações culturais e as mobilizações sociais viabilizam, juntamente com as demais táticas de resistência, a preservação do monumento lítico.
Agência de Notícias – Prefeitura
REDAÇÃO DO LD