"Senhor Aberlado. Paz e bem! Isto é um assalto! Estou levando uma furadeira", dizia a carta escrita por Irmã Dulce.
A menos de um mês para a canonização de Irmã Dulce, cartas escritas pela futura santa foram reveladas pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). A freira utilizava correspondências para fazer pedidos e agradecimentos.
Em um dos documentos, Irmã Dulce demonstra bom humor ao "confessar assalto" a dono de loja de ferramentas.O estabelecimento é do comerciante
Segundo Abelardo Barbosa, Irmã Dulce pegou a furadeira para usar em um curso profissionalizante que transformaria a vida de muitos jovens carentes. Rindo, ele lembra de diversos pedidos feitos pelo Anjo Bom da Bahia.
“Ela pedia assim: 'Eu quero uma escada'. Eu mandava uma escada pequena e, chegava lá, ela me ligava e dizia: 'Meu amigo, a escada ficou muito pequena'. Eu falava: 'Devolva que eu mando uma maior', mas ela dizia: 'Não, porque eu vou ter serviço com essa pequena, mas me manda uma maior'”.
Em outra ocasião, Sr. Abelardo conta que a freira pediu um carrinho de mão.
Abelardo Barbosa. O empresário, que hoje tem 83 anos, tinha costume de atender aos pedidos de Irmã Dulce.
Em uma carta escrita em setembro de 1974, Irmã Dulce contou para a irmã, Dulcinha, que caiu na região do Comércio e precisou ficar com a perna engessada entre 10 e 15 dias.
Reprodução: G1 Bahia // IF