A situação financeira da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) foi alvo mais uma vez de críticas do ex-presidente da Casa e deputado federal eleito Marcelo Nilo (PSB), porém em um tom muito mais ácido.
Conforme Nilo, que esteve no controle do Parlamento estadual por 10 anos, a Casa é uma instituição falida, cujo déficit, herança da gestão do pessedista Angelo Coronel, é superior a R$ 180 milhões.
“A Assembleia hoje é uma instituição falida. É um escândalo em minha visão. O aumento que ele [Angelo Coronel] deu aos servidores é eterno, dá mais de R$ 20 bilhões o acordo.
Tem servidor que ganhava R$ 10 mil passou para R$ 30 mil, uns ganhavam R$ 12 mil passou para R$ 40 mil e quando o servidor morrer vai passar para família”, disse, referindo-se a uma ação judicial movida por funcionários da AL-BA para a incorporação de um aumento salarial concedido há mais de 20 anos pelo então presidente do Legislativo baiano,
Eliel Martins, cumprida na gestão de Coronel. Em sua administração, o socialista chegou a verbalizar que sairia algemado, mas não pagaria a dívida de R$ 700 milhões a cento e poucos funcionários por considerar um débito “discutível” e “absurdo”.
Ainda conforme o ex-presidente, o prejuízo deixado pelo seu sucessor, consequentemente, tem respigado na atual gestão do pepista Nelson Leal e pode cair no colo do governador Rui Costa (PT).
“O presidente Nelson Leal está lutando muito para manter as contas em dia, mas não está conseguindo. O déficit é muito grande. As informações que tenho é que em setembro não haverá dinheiro para pagar a folha.
Ele [Nelson Leal] falou isso para mim. A situação é muito difícil”, frisou, ao avaliar que a situação deve ficar pior. “Pois, o governador dificilmente fará suplementação orçamentária para tapar um rombo tão alto”, concluiu em entrevista à Rádio Metrópole, na noite desta segunda-feira (9)
Politica Livre// Figueiredo