Na contramão dos cortes orçamentários, o governo federal previu destinar R$ 2,5 bilhões para financiar campanhas de candidatos a prefeituras e câmaras municipais nas eleições do ano que vem.
A previsão do fundo eleitoral de 2020 é 48% maior que o gasto no pleito do ano passado, quando os partidos receberam R$ 1,7 bilhão da União. As informações constam do projeto de lei orçamentária (PLOA) enviado ao Congresso na última sexta-feira.
A previsão do Executivo ainda é bastante menor que a sugerida por parlamentares. No início de agosto, a comissão no Congresso que analisa o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) — que serve como base para elaboração do Orçamento — propôs um repasse de R$ 3,7 bilhões para o fundo eleitoral. O governo logo manifestou que se oposição a esse aumento. Mas, na última sexta-feira, enviou uma proposta de R$ 2,5 bilhões.
Valor contestado
O aumento de 48% do fundo eleitoral repercutiu mal nas redes sociais. A equipe do jurídico da Presidência passou o último sábado em busca de justificativa para o reajuste. A explicação foi parar no Twitter do presidente Jair Bolsonaro. O texto dizia que “o governo apenas cumpriu determinação (fundamentado em Lei), da presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Min. Rosa Weber”.
Globbo// Figueiredo