Bahia

Uber: emenda aprovada por vereadores vai retirar 3 mil motoristas das ruas de Salvador

Pelo texto, transporte fica restrito para veículos com placa da Bahia; empresa afirma que boa parte dos motoristas alugam carros emplacados em outros estados

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Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba

 

A Uber informou nesta terça-feira (27) que cerca de três mil motoristas que atuam junto a empresa poderão deixar de atuar em Salvador, caso seja aprovado o relatório final do projeto que regulamenta o transporte por aplicativos.

Com as dez emendas acrescentadas nesta terça ao parecer do vereador Joceval Rodrigues (Cidadania), chegou a 37 o número acatadas na Comissão de Orçamento da Câmara de Salvador.

A limitação de 7,2 mil veículos com autorização para integrar o serviço ficou fora do relatório, entretanto foi acrescentada outra emenda que propõe restringir o serviço a carros com placas da Bahia, o que deve reduzir o número de motoristas na cidade.

“Em sua maioria, são pessoas que precisam alugar um carro para poder dirigir – e esses carros são emplacados em outros estados, especialmente Minas Gerais. Medidas similares já foram revistas ou suspensas pela Justiça em diversas capitais brasileiras”, disse a Uber, em comunicado através de sua assessoria de comunicação.

Categoria marca manifestação nesta quarta

Contrários ao texto aprovado, os integrantes da categoria preparam uma manifestação para quarta (28), em frente à Câmara Municipal de Salvador, a partir das 12h, conforme disse ao bahia.ba o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA), Átila Santana.

“Mais uma vez o vereador Joceval Rodrigues apresenta algo diferente, onde tenta restringir a categoria. É sabido que a maioria da categoria hoje aluga carros e esses carros têm placas de outros estados. Além de colocar na mão da Prefeitura praticamente a autorização para o motorista entrar, com uma vistoria em 30 dias. E se a Prefeitura não fizer, o motorista não entra. Praticamente inviabiliza a categoria”, disse.

Caberá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisar a constitucionalidade das emendas na quarta-feira (28), mesmo dia em que a matéria será votada em plenário.

 

Bahiabba// Figueiredo