O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin deu 15 dias para a Procuradoria-Geral da República dar parecer sobre investigação da Polícia Federal que apontou indícios de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e seu pai, Cesar Maia, ambos do Democratas do Rio de Janeiro.
A PF apresentou na última semana relatório de investigação, baseada na delação de ex-executivos da Odebrecht, dentro do inquérito aberto por Fachin em 2017.
Os delatores disseram que fizeram doações no valor total de R$ 1,6 milhão para Rodrigo e Cesar Maia por meio de caixa 2 entre 2008 e 2014.
Segundo a PF, a Odebrecht fez os pagamentos com o objetivo de ter influência sobre Rodrigo e Cesar Maia e demais políticos do Rio para garantir apoio a projetos de interesse da empresa.
Maia nega irregularidade
O presidente da Câmara disse, por meio de nota, que todas as doações recebidas em campanhas foram solicitadas dentro da legislação, contabilizadas e declaradas à Justiça e que nunca houve pagamentos não autorizados por parte da Odebrecht ou qualquer outra empresa.
Rodrigo Maia disse ainda que "a conclusão do relatório da Polícia Federal não tem embasamento fático, comprobatório ou legal, já que foi baseado exclusivamente em palavras e planilhas produzidas pelos próprios delatores"
Ele termina a nota dizendo que confia na Justiça e está seguro de que o inquérito será arquivado.
G1 // AO