Política

Governo brasileiro decide rejeitar ajuda de US$ 20 milhões do G7 para a Amazônia

Palácio do Planalto confirmou na noite desta segunda que não aceitará oferta apresentada pelo presidente francês, Emmanuel Macron

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â??Nossa casa está pegando fogo. Literalmente A floresta amazônica - os pulmões que produzem 20% do oxigênio do nosso planeta - está em chamas. Ã? uma crise internacional â?, proclamou quinta-feira o presidente francês Emmanuel Macron em sua conta no Twitter. Alguns especialistas consultados são mais cautelosos. Na foto, vista do incêndio perto de Porto Velho, na sexta-feira, 23 de agosto.

 

O Palácio do Planalto confirmou na noite desta segunda-feira que o governo Jair Bolsonaro vai rejeitar a oferta de US$ 20 milhões dos países do G7 para ajudar no combate às queimadas na Amazônia. A informação sobre a recusa é da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

O anúncio da oferta de dinheiro foi do presidente francês, EmmanuelMacron , com quem Bolsonaro vem trocando farpas desde a semana passada.

Ao longo do dia, interlocutores do presidente já tinham afirmado que se a oferta feita pelos países ricos fosse condicionada a alguma contrapartida ou exigisse um monitoramento na aplicação de recursos a tendência era pela recusa. No anúncio feito por Macron, parte dos recursos, destinados ao reflorestamento, estava vinculada a um trabalho com ONGs .

No final da tarde desta segunda-feira, após uma reunião no Ministério da Defesa entre Bolsonaro e alguns de seus ministros, o porta-voz Otávio do Rêgo Barros  disse que decisão caberia ao Ministério das Relações Exteriores. Pouco depois, em publicação nas redes sociais, o chanceler Ernesto Araújo — que também participou da reunião  — sinalizou que o governo poderia não aceitar a oferta anunciada pelo presidente francês.

Segundo o ministro, "está muito evidente o esforço, por parte de algumas correntes políticas, de extrapolar questões ambientais reais transformando-as numa 'crise' fabricada, como pretexto para introduzir mecanismos de controle externo da Amazônia".

 

O Globo//// Figueiredo