Deputados estaduais de oposição cobraram respostas para problemas apresentados pelo Planserv durante reunião com representantes do plano e da Qualirede, empresa responsável pela gestão do serviço, nesta quarta-feira (14).
Participaram da reunião dos deputados Targino Machado (DEM), líder da oposição, Alan Sanches (DEM), Luciano Simões Filho (DEM), Soldado Prisco (PSC), Capitão Alden (PSL), Paulo Câmara (PSDB) e José de Arimateia (PRB). Além da coordenadora geral do plano, Socorro Brito, e do diretor geral da Qualirede, André Machado.
Entre os problemas apontados pelos parlamentares estão as 18 especialidades médicas que deixaram o plano, a defasagem na tabela de remuneração médica, os cancelamentos de atendimentos por conta da limitação de cotas mensais e a falta de assistência em diversas regiões do interior do estado.
“Os médicos se queixam que o Planserv não tem cumprido o repasse das cotas, o que tem provocado limitação do atendimento. Temos, assim, 18 especialidades que deixaram de atender o plano justamente por causa destes problemas, o que causa constrangimento e mau atendimento para os usuários. Naturalmente, as reclamações dos usuários se intensificaram, uma vez que as limitações aumentaram e os cancelamentos e negativas de atendimento se tornaram frequentes”, ressaltou Targino.
Targino lembrou, ainda, o corte de R$ 200 milhões feito pelo governador Rui Costa (PT) na operação do plano. “Ele foi na contramão do que se esperava. São mais de 500 mil usuários, sendo 143 mil pessoas com 59 anos ou mais e que precisam de maior rede de assistência”, critica.
Alan Sanches ressaltou que há valores na tabela de remuneração médica que não são atualizados desde 1992 – ou seja, há quase 30 anos. Ele disse também que alguns procedimentos mais modernos ainda não são cobertos pelo plano, o que, inclusive, gera custos mais altos em alguns casos. “Você pode ter, por exemplo, um procedimento mais moderno e mais barato que resolva o problema do paciente”, diz, defendendo maior diálogo com os médicos.
Na oportunidade, Socorro reconheceu parte dos problemas e ressaltou que já tem intensificado os diálogos com a categoria dos médicos, principalmente com as especialidades que deixaram de atender ao plano. Durante a explicação, disse haver limitação orçamentária.
Ela explicou que, dos 517 mil usuários, 414 mil já utilizaram o plano em algum momento neste ano. Também afirmou que 43% dos custos totais do plano são com internações – isso se explica pelo fato de as maiores faixas etárias serem formadas por pessoas de 59 anos ou mais e por jovens de 0 a 18 anos. “Crianças e idosos necessitam de mais internações”, disse. Afirmou ainda que o governo deve começar a repassar os honorários médicos direto para os profissionais, retirando a intermediação dos hospitais ou clínicas.
Bnews // AO