Com a divulgação de um levantamento que indica a redução no número de concessões da Caixa Econômica para o Nordeste, o prefeito ACM Neto (DEM) ressalta que o Salvador tem tido "uma excelente relação" com o banco. Ele lembra que a Caixa é um dos principais órgãos de financiamento do município, tendo operado na liberação de recursos para as obras do BRT, de parte do Hospital Municipal e de aquisições de equipamentos de saúde.
Além disso, o banco deve financiar o programa Finisa, que pretende viabilizar novas obras de infraestrutura urbana viária para a mobilidade.
"Eu acho muito cedo, muito preliminar dizer que a Caixa Econômica está perseguindo o Nordeste", defendeu Neto em evento de entrega da nova frota de veículos da Transalvador e da Guarda Municipal. "Eu até falei hoje pela manhã com o presidente da Caixa [Pedro Guimarães] porque tinha um assunto de Salvador pra tratar com ele e comentamos sobre a matéria. Ele me disse, primeiro, que não há qualquer orientação da direção da Caixa no sentido de prejudicar o Nordeste. Segundo, que na próxima semana estará liberando cerca de R$ 300 milhões para a região, especialmente para o estado da Paraíba e me parece que para a cidade de São Luiz, no Maranhão", acrescenta o democrata.
Esses dois estados foram os mais destacados no episódio em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) chamou os governadores da região de “paraíbas”, forma pejorativa como se referem aos imigrantes nordestinos no Rio de Janeiro (lembre aqui).
Mas o fato em questão agora é decorrente de um levantamento feito pelo Estadão. De acordo com matéria publicada nesta sexta-feira (2), dos R$ 4 bilhões fechados pela Caixa em operações de crédito, apenas R$ 89 milhões foram destinados a projetos da região. As fontes do jornal disseram que a determinação, repetida mais de uma vez, é do próprio Guimarães (saiba mais aqui).
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