Saúde

Quase metade das vítimas fatais de H1N1 na BA em 2019 não estava em faixa etária 'de risco'

Entre os nove casos que evoluíram para óbito, seis foram em Salvador, um em Juazeiro, um em Livramento de Nossa Senhora e outro em Ruy Barbos

NULL
NULL

Resultado de imagem para fotos do h1 n1

 

O vírus Influenza A H1N1 já fez nove vítimas fatais na Bahia neste ano, sendo que, deste total, quatro não faziam parte do grupo considerado de risco, ao levar em conta a idade que é foco da campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde.

Na campanha de imunização estão no grupo prioritário crianças com idade entre um e seis anos incompletos e idosos acima dos 60 anos. A escolha, de acordo com o Ministério da Saúde, é feita por causa da maior vulnerabilidade do grupo.

Só que dos casos fatais de H1N1, segundo dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) uma vítima tinha de 10 a 19 anos, uma tinha idade entre 40 e 49 anos e outras duas tinham de 50 a 59 anos.

Neste final de semana uma turista de 17 anos morreu com suspeita de H1N1 na cidade de Porto Seguro, no extremo sul do estado. A vítima, que é natural de São Paulo, veio a óbito no Hospital Regional Luís Eduardo Magalhães, no sábado (13). Ela estava na cidade a passeio e não há confirmação de que tenha adquirido o vírus em Porto Seguro .

Os casos confirmados na Bahia e que, felizmente, não acabaram da pior forma somam 46 registros distribuídos em 15 municípios. Entre os nove casos que evoluíram para óbito, seis foram em Salvador, um em Juazeiro, um em Livramento de Nossa Senhora e outro em Ruy Barbosa.

O médico especialista em infectologia, Claudilson Bastos, assegura que não são comuns casos fatais em pessoas que não compõem o público prioritário da vacina. Por esse motivo esses casos devem ser investigados, inclusive levando em conta o histórico médico de cada um dos pacientes. "Precisa saber se ele não tem uma doença crônica, porque não se leva em conta somente a idade", alertou.

A vacina contra Influenza é disponibilizada na rede pública de saúde apenas durante o período da campanha nacional de vacinação, e as pessoas que não pertencem ao grupo de risco não têm direito à imunização. Neste ano, em virtude da baixa adesão pelo público-alvo, ao final da campanha o Ministério da Saúde autorizou a vacinação de toda a população (lembre aqui).

O Boletim Epidemiológico da Influenza na Bahia 2019, que compila dados registrados no estado neste ano até o dia 9 de julho, aponta que houve registro de 61 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma evolução da gripe, sendo 20 por Influenza.

Desses casos nove foram por Influenza A H1N1, oito por Influenza A H3N2 Sazonal, um por Influenza A não subtipável e dois pelo Influenza B. O boletim ainda informa que quatro casos se deram por outros vírus respiratórios. Em 28 óbitos não houve identificação de vírus respiratórios, e outros nove permanecem em investigação.

O documento da Sesab destaca que em 2018, no mesmo período, foram notificados 1.656 casos e 154 óbitos de SRAG. Foram confirmados 362 casos e 45 óbitos por Influenza, dentre eles Influenza A H1N1 (251 casos e 31 mortes), Influenza A H3N2 Sazonal (43 casos e cinco mortes), Influenza A não subtipável (13 casos e uma morte), Influenza B (53 casos e oito mortes) e dois não subtipados (sem óbito).

Ao ressaltar a confusão comum entre os sintomas das gripes e resfriado, o infectologista chamou a atenção para a febre e falta de ar. Segundo Claudilson Bastos, esses sintomas devem ligar o alerta do paciente e ele deve procurar uma unidade de saúde.

 

BNotícias /// Figueiredo