O deputado estadual Carlos Geílson anunciou nesta última segunda-feira (5), em pronunciamento da tribuna da Assembleia Legislativa da Bahia (AL), a sua filiação ao PSDB. O novo parlamentar tucano tinha completado na sexta-feira (2) passada seis anos de filiação ao Partido Trabalhista Nacional (PTN), comandado no estado pelo deputado federal João Carlos Bacelar.
Em janeiro deste ano, o PTN, que fazia oposição ao governo Rui Costa (PT), rompeu com o prefeito ACM Neto (DEM) e aderiu à base petista. Um mês e meio depois, Geílson subiu à tribuna e anunciou que permaneceria no bloco oposicionista na Casa e rompeu com João Carlos Bacelar.
Na época, o deputado afirmou que seu mandato nunca foi “subserviente” e citou “lealdade” como “característica intrínseca à sua pessoa”. Mas, a sua saída do governo só foi oficializada hoje, após conseguir junto à Justiça eleitoral deixar o PTN sem correr o risco de perder o mandato por “justa causa”.
A ação foi acatada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) com base na Resolução 22.610, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que admite a mudança de legenda “quando comprovada a modificação no ideário político”.
“Minha mudança de partido foi devido à migração do PTN para a base governista. Desde que entrei nesta Casa venho mantendo uma postura de oposição ao governo petista”, discursou.
Segundo o deputado, após várias análises e convites feitos por outros partidos de oposição ao governo do Estado, ele decidiu bater asas para junto aos tucanos baianos.
Com a filiação de Carlos Geílson, o PSDB, que tinha três – Adolfo Viana, Augusto Castro e Soldado Prisco – passa a contar com quatro cadeiras no Legislativo baiano. Já o PTN, que contava com três, agora senta em duas cadeiras do parlamento – Alan Castro e Alex Lima, que também já esboçam insatisfação com o atual ninho e, assim como Geílson, podem buscar nova morada.
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