Com a avaliação quase inalterada na base da pirâmide econômica, a maior mudança na percepção do governo Bolsonaro ocorreu nas elites, segundo pesquisa Datafolha.
De acordo com a pesquisa publicada na coluna Painel, da Folha, em comparação com a pesquisa anterior, os que ganham de cinco a dez salários mínimos expressaram uma visão mais crítica, enquanto os que têm renda acima desta marca ampliaram a aprovação. No primeiro time, os que taxam a gestão como ótima ou boa recuaram de 43% para 37%. No segundo, saltaram de 41% para 52%.
Entre os de renda de cinco a dez mínimos, a avaliação de Jair Bolsonaro oscilou para pior em todos os quesitos. Além do número dos que veem seu governo como ótimo e bom ter encolhido, o dos que o classificam como regular passou de 26% para 29%, e o dos que o tratam como ruim ou péssimo de 28% para 32%.
Já a percepção dos mais ricos fez trajetória oposta. Na faixa dos que ganham mais de dez salários mínimos, além do salto na aprovação do presidente, o índice dos que veem sua gestão como regular passou de 26% para 15%, e como ruim e péssima de 37% para 32%.
Os católicos seguem fazendo uma avaliação mais crítica do que os evangélicos do desempenho do presidente. No primeiro segmento, 66% dizem que Bolsonaro fez menos do que esperavam. No segundo, o índice de frustração é de 56%.
Entre os que apontam o PSL como partido de preferência, os que diziam que o presidente fez menos do que esperavam eram 13% em abril. Agora são 24%.
Bnews // AO