Brasil

Rede de propina da Odebrecht movimentou 89 contas em 33 países

É primeira vez que arquivo detalhado do Drousys torna-se público

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Fachada de escritório da Odebrecht no Rio de Janeiro, em 2017 Foto: Mario Tama / Getty Images

 

Pela primeira vez no escândalo da Lava Jato, um arquivo detalhado extraído do Drousys, sistema que a Odebrecht usava para distribuir propinas, tornou-se público de maneira a permitir analisar a distribuição de valores por uma rede intrincada de contas em várias partes do mundo.

Trata-se de um registro de transferências durante cinco anos da conta 4010228962 do banco Credicorp no Panamá, uma das 11 instituições financeiras já apontadas por delatores como parte da rede bancária usada para encobrir remessas de recursos ilegais.

Referências sobre a conta já tinham aparecido em processos judiciais envolvendo subornos em outras partes do mundo. O acesso aos detalhes de seus repasses, no entanto, é inédito.

Os documentos desta reportagem são parte da investigação Bribery Division (Divisão de Propinas), conduzida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).

No Brasil, participaram da apuração a revista ÉPOCA e o site Poder360. O ICIJ é uma organização sem fins lucrativos, com sede em Washington, capital dos EUA, e que promove trabalhos colaborativos de apuração entre profissionais de mídia de todo o mundo.

 

Época /// Figueiredo