Política

Para evitar atrasos na reforma da Previdência, Guedes busca reaproximação com Maia

Fontes ligadas ao ministro disseram ao blog que, nesta quarta-feira (26), Guedes e Maia trocaram mensagens

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) â?? Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, busca um encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para "desanuviar o ambiente" entre Executivo e Congresso às vésperas da votação do parecer da reforma da Previdência na comissão especial.

Fontes ligadas ao ministro disseram ao blog que, nesta quarta-feira (26), Guedes e Maia trocaram mensagens após a divulgação de que o ministro teria feito críticas ao Congresso durante conversa com o governador o Ceará, Camilo Santana (PT).

Guedes precisou desmentir que teria dito a Santana que o Congresso é uma "máquina de corruptos". A equipe econômica teme atrasos na previdência, e busca baixar a temperatura para evitar problemas na votação da reforma.

Do lado da Câmara, no entanto, Maia e parlamentares afirmam, nos bastidores, que Guedes cometeu "grosserias" com eles, e que agora o ministro tenta "contornar" a situação.

O ministro e o presidente da Câmara, que costumavam ter excelente relação, estão afastados desde que Guedes fez, no dia 14 de junho, críticas a alterações no relatório da reforma da previdência, em discussão na Câmara. O ministro chegou a dizer que deputados “abortaram” a nova Previdência – o que irritou deputados.

Desde então, Maia e Guedes não conversam pessoalmente. Ensaiaram uma reunião na segunda-feira (24), mas desistiram.

Agora, Guedes busca um encontro com o presidente da Câmara, "se a agenda de ambos permitir".

Nesta quinta, Guedes tem um almoço com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O líder da maioria na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro, disse ao blog, nesta quinta, não acreditar que "rusgas" entre Executivo e Legislativo atrasem a Previdência na comissão especial. "Maia está totalmente empenhado na construção de acordos. Mas o governo não ajuda.", declarou.

Perguntado se a intenção é, ainda, votar a previdência no primeiro semestre, ele disse que sim, mas que tudo depende de busca de votos. "Se você me perguntar se alguém tem mapa de votos, te respondo: não tem, ninguém tem."

G1 // AO