Quando a notícia de que Léo Prates poderia assumir a Secretaria de Saúde vazou para a imprensa, há duas semanas, aliados do deputado estadual licenciado ficaram animados com a possibilidade de vê-lo com mais espaço para mostrar serviço e, assim, se cacifar para a disputa municipal de 2020.
Passados mais de 15 dias desde então, a avaliação que políticos de diferentes grupos do DEM baiano fazem nos bastidores é que Prates correrá um grande risco ao substituir Luiz Galvão na SMS.
“Ele deixa um lugar onde tem espaço para trabalhar e crescer para ir a outro em que passa a ser vidraça. Vira alvo da oposição e de fogo amigo também”, destacou um aliado, sob anonimato, à reportagem.
“Analisando sob as circunstâncias atuais, vejo que ele tem mais a perder”, analisou outro. Há alguns dias, Prates chegou a falar em “covardes” ao fazer um desabafo em uma rede social. Antes disso, já havia mandado outro recado.
O bahia.ba apurou que até o momento Galvão não recebeu qualquer sinalização do prefeito ACM Neto de uma eventual troca de comando da pasta. Pelo contrário. Ganhou nos últimos dias apoio e solidariedade de membros do grupo ligados a Bruno Reis e João Roma.
Além disso, colheu os louros por ter conseguido um aporte de R$ 56 milhões do Ministério da Saúde para ampliação do teto de investimentos dos serviços de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar em Salvador.
Nesta terça, Neto destacou o seu empenho durante discurso de inauguração da Unidade de Saúde da Família (USF) em Coutos, mas não prolongou os elogios.
Bahia.ba // AO