A direção do Sindicato dos Rodoviários da Bahia repudiou, em nota, “o comportamento agressivo e desproporcional de alguns policiais na abordagem à categoria”, no episódio da Santa Cruz, na tarde de quinta-feira (01). Um documento foi encaminhado ao Comando da Polícia Militar, ao Delegado Chefe da Polícia Civil e ao Secretário de Segurança Pública.
No episódio da Santa Cruz, segundo o Sindicato, ficou evidente a falta de preparo do agente público, que desferiu um “tapa” no rosto do cobrador sem motivação, gerando uma situação de constrangimento para o trabalhador, e de indignação na categoria e na população que testemunhou a abordagem.
Para o presidente, Hélio Ferreira, faltou diálogo. O desentendimento foi motivado pela falta de espaço no final de linha dos ônibus na Santa Cruz, que dificulta a manobra e a parada do veículo no ponto, situação que já vem sendo denunciada pelo sindicato há muito tempo e tem sido motivo de seguidas reuniões com o Secretário Municipal de Mobilidade. O estacionamento de carros particulares e de carga nos finais de linha reduz ainda mais o espaço dos ônibus.
Cobrador e motorista têm direito a usar o banheiro e fazer um lanche no final de linha. Para isso, o ônibus fica estacionado e em muitos finais de linha não há um espaço adequado, gerando problemas para o trânsito.
A Polícia Militar da Bahia informou que será “apurada pela Corregedoria Setorial da 40ª CIPM, a conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência que resultou na condução de um cobrador para a 28ª delegacia, no bairro da Santa Cruz, na última quinta-feira (1)”.
No texto, a PM esclarece que “caso tenha havido procedimento irregular por parte dos PMs, tomará as medidas cabíveis. No entanto, lamenta que toda a situação poderia ter sido evitada se os profissionais do transporte coletivo não abandonassem o veiculo (sic) em via pública”, fato que interfere no direito de ir e vir das pessoas.
Foto: Reprodução / Aratu Online