O presidente Jair Bolsonaro viaja nesta quinta-feira (6) à Argentina para se reunir com o presidente Mauricio Macri, empresários e representantes dos Poderes Judiciário e Legislativo.
Esta é a primeira viagem de Bolsonaro a Buenos Aires desde que tomou posse. Em janeiro deste ano, Macri esteve em Brasília (veja na foto acima).
A agenda divulgada pela Presidência prevê alguns compromissos, entre os quais:
Cerimônia na Praça San Martín;
Reunião reservada com Mauricio Macri;
Reunião ampliada com ministros;
Declaração à imprensa;
Encontro com representantes dos poderes Legislativo e Judiciário;
Encontro com empresários;
transmissão ao vivo em uma rede social.
De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, está prevista a assinatura de acordos entre os dois países nas áreas de defesa, ciência e tecnologia, biocombustíveis e mineração.
Na viagem, Bolsonaro estará acompanhado de um comitiva formada pela primeira-dama, Michelle, e por alguns ministros, entre os quais Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Também acompanharão Bolsonaro o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) e assessores da Presidência da República.
A volta de Bolsonaro ao Brasil está programada para as 9h25 de sexta-feira (7). O presidente viajará de Buenos Aires para o Rio de Janeiro, onde participará de uma cerimônia militar.
Eleições argentinas
Em outubro, os argentinos irão às urnas para eleger um novo presidente. Bolsonaro tem manifestado reiteradas vezes que apoia a reeleição de Macri. A principal chapa oponente é a composta pela ex-presidente Cristina Kirchner.
Bolsonaro costuma dizer que, se a chapa de Cristina vencer, a Argentina se tornará uma "nova Venezuela".
"O presidente é a favor de governos de países que compactuam com os mesmos valores, fortalecidos pela democracia, pelo valor do livre mercado e das liberdades individuais, que o Brasil tanto lutou para conseguir. Já declarou também por diversas vezes o desejo de que a esquerda não retome o poder no nosso subcontinente sul-americano, como vemos hoje na Venezuela", afirmou o porta-voz de Bolsonaro nesta quarta-feira (5).
Cristina Kirchner anunciou em 18 de maio que disputará as eleições como candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Alberto Fernández, chefe de gabinete do ex-presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina e que morreu em 2010.
Conforme a BBC, a decisão de abrir mão de ser cabeça de chapa surpreendeu o mundo político argentino e foi interpretada como uma jogada para tentar diminuir a rejeição à figura de Cristina, vista por parte dos argentinos como responsável pela situação da economia do país.
G1 // AO