A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator das ações da Operação Lava Jato na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), se declare impedido de participar do julgamento sobre o caso do sítio de Atibaia (SP). As informações são do UOL.
Lula foi condenado na ação em primeira instância sob acusação de ter aceitado reformas no imóvel em razão de um esquema envolvendo contratos entre empreiteiras e a Petrobras. No mês passado, o processo passou a tramitar na segunda instância e será julgado pela 8ª Turma, como a ação do tríplex no Guarujá (SP).
A defesa de Lula que Gebran é amigo do ministro Sergio Moro, que conduziu quase todo o processo do sítio, deixando-o para assumir a pasta no governo de Jair Bolsonaro. Advogados do petista citam o livro “A Aplicação Imediata dos Direitos e Garantias Individuais”, de 2002, em que Gebran chama Moro de “amigo”. O ex-juiz federal citou a amizade nos agradecimentos de sua tese de doutorado, do mesmo ano.
O andamento do processo do triplex, conduzido por Gebran mais rapidamente do que outras ações da Lava Jato na 8ª Turma do TRF-4, também foi pontuado pela defesa do ex-presidente. Eles alegam que a tática foi feita para que Lula não pudesse concorrer na última eleição presidencial.
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