Áreas protegidas na Amazônia perderam o equivalente a seis cidades de São Paulo em vegetação em três décadas. Foram 953 mil hectares desmatados em unidades de Conservação (UCs), terras indígenas (TIs) e quilombolas que deveriam ter permanecido integralmente preservados.
Cercadas por territórios com taxas ainda maiores de desmatamento, essas áreas não passaram ilesas às pressões crescentes sobre o bioma, mas ganharam importância: hoje são responsáveis por preservar mais da metade da floresta.
Em 1985, elas representavam 47% da área de floresta natural da Amazônia; hoje, o índice chega a 53%, de acordo com monitoramento de satélite. Nesta semana, o Desafio Natureza do G1 publica uma série de reportagens sobre o desmatamento no bioma, o impacto da criação de infraestrutura e bons exemplos de interação com a floresta.
Os dados foram compilados a partir de imagens de satélite pelo projeto Mapbiomas (entenda o projeto) e analisados pelo G1. Para mostrar o cenário de desmatamento em áreas protegidas e não-protegidas, a equipe de reportagem viajou até a região de Santarém, no Pará. Em um território pressionado pelo agronegócio e cortado pela BR-163 estão uma floresta nacional e uma reserva extrativista.
G1 // AO