Moradoras da periferia do Recife, Jaqueline Vilela de Almeida, de 36 anos, e Andrea Carla da Silva, de 41, vivem todos os dias o mesmo drama: não conseguem acesso a medicamentos para tratar seus rins transplantados e temem ter que voltar, nos próximos meses, para a máquina de hemodiálise .
Ambas já sentem o órgão mais inchado e o corpo fraquejar de tanto perambular, sem sucesso, pelas unidades de saúde da cidade em busca das drogas que deveriam ser fornecidas pelo Sistema Único de Saúde(SUS). O drama das duas é compartilhado, em maior ou menor grau, por 90 mil homens e mulheres de todos os estados do país, segundo estimativas da Associação Brasileira de Transplantados.
Documentos obtidos pelo GLOBO junto a secretarias estaduais da saúde revelam que, desde o início do ano, o sistema federal de distribuição de remédios vive um aguda crise de desabastecimento, afetando principalmente os transplantados.
O Globo /// Figueiredo