O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (29) que a Câmara não aprovaria aumento em impostos. A declaração vem após o secretário especial da Receita, Marcos Cintra, falar sobre a criação de um novo imposto que acabaria com a contribuição previdenciária que incide sobre folha de pagamento.
"Não vamos tratar de aumento de impostos na Câmara, não passa. O foco agora é a Previdência para fazer o país crescer, gerar empregos. Depois vamos debater a reforma tributária para cortar impostos, não para aumentar", escreveu Maia nas redes sociais.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Cintra declarou que o novo tributo para simplificar o modelo de arrecadação no país recairia inclusive sobre igrejas. Essas instituições hoje são isentas. Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo desautorizando seu secretário, afirmando que foi surpreendido pelas declarações e que nenhum imposto seria criado para igrejas.
O presidente gravou o vídeo após ser questionado por líderes do grupo na manhã desta segunda-feira. Bolsonaro disse aos parlamentares que foi pego de surpresa com a declaração e informou que gravaria um vídeo para negar a cobrança de impostos.
Da base área de Brasília, de onde embarcou na manhã desta segunda para Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro gravou um vídeo no qual diz ter sido surpreendido com a declaração de Cintra de que até fiéis pagariam impostos sobre o dízimo. Em uma mensagem de 41 segundos, Bolsonaro disse duas vezes que nenhum imposto será criado para as igrejas.
"Quero me dirigir a todos vocês, dizendo que essa declaração não procede. Quero dizer que em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas, que, além de terem um excelente trabalho social prestado a toda a comunidade, reclamam eles, em parte com razão ao meu entendimento, que há uma bitributação nessa área", afirmou.
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