Política

Em busca de votos para a Previdência, Bolsonaro tem nova rodada de conversa com partidos

Presidente vem se reunindo, desde a semana passada, com dirigentes partidários.

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Em busca de votos para aprovar no Congresso Nacional a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro voltou a receber no Palácio do Planalto dirigentes partidários.

A agenda divulgada pela assessoria do presidente prevê encontros, nesta quarta-feira (10), com os presidentes e parlamentares de cinco partidos: PSL, Podemos, Novo, Avante e PSC. As bancadas reúnem, juntas, 88 deputados na Câmara.

O primeiro encontrou foi com o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, partido de Bolsonaro. Ele chegou ao Planalto por volta de 10h30.

Depois, foi a vez de Renata Abreu, do Podemos.

Ao sair do encontro com Bolsonaro, Bivar disse que o PSL vai fechar questão pela reforma. Isso siginfica que o partido vai orientar todos seus parlamentares a votar a favor.

Renata Abreu disse que o Podemos é a favor da reforma, mas defendeu algumas modificações no texto enviado pelo governo ao Congresso.

Na semana passada, Bolsonaro iniciou a rodada de conversas com partidos. Ele recebeu os presidentes de seis siglas (PRB, PSD, PP, PSDB, DEM e MDB). Nesta terça (9), ele esteve com dirigentes do PR e do Solidariedade.

Acompanha o presidente nas audiências o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável pela articulação do governo junto ao Congresso.

PSL
Presidente do PSL, Luciano Bivar afirmou após a reunião, em entrevista no Planalto, que o “povo clama” pela reforma da Previdência. Segundo ele, o PSL fechou questão a favor da proposta em um ato de “simbolismo” para mostrar que o país precisa das mudanças.

“Eu estava até dizendo ao presidente de que, mesmo o PSL que fez questão fechada, foi um ato meramente de simbolismo, porque nenhum deputado, nenhum parlamentar veio ao meu gabinete ou me telefonou dizendo que é contra a reforma da Previdência”, disse.

"O PSL fechou questão por uma questão meramente de simbolismo, porque todos os parlamentares estão de acordo com isso. Agora, como a gente é um partido que o presidente é filiado ao PSL, acho que seria uma boa sinalização para os outros partidos a nossa ação de fechar questão", acrescentou.

Podemos
Após a reunião com Bolsonaro, a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), afirmou que o partido manterá a posição de “independência” em relação ao governo.

“Posição do Podemos, em qualquer governo, é uma posição de independência. Somos contrários ao quanto pior melhor, e essa posição vai se manter”, disse.

Renata declarou que o partido é favorável à reforma da Previdência, mas “com algumas alterações”.

A parlamentar citou como exemplos de mudanças na proposta em relação ao BPC, ao trabalhador rural e aos professores.

Segundo Renata, a aposentadoria especial dos professores é um “ponto prioritário”.

Ela relatou que o Podemos fez um “apelo” ao presidente par que o governo apresente um estudo de impacto orçamentário da possibilidade da manutenção da aposentadoria especial dos professores.

“É um pleito do Podemos ao presidente para que apresente os impactos no orçamento pela manutenção ou até a melhora do sistema previdenciário dos professores”, declarou.

Conselho
Segundo relatos dos dirigentes partidários, Bolsonaro tem dito nas reuniões que pretende criar um conselho para manter o diálogo com os partidos.

Presidentes das siglas e seus respectivos líderes na Câmara e no Senado integrariam o colegiado, com reuniões periódicas. A criação do conselho ainda não foi oficializada pelo Palácio do Planalto.

Exames de rotina
Antes de iniciar o trabalho nesta quarta, Bolsonaro passou por ‘exames de rotina’, de acordo com sua assessoria. O Planalto informou que o presidente realizou uma endoscopia, que já estava programada, Hospital da Força Aérea (HFAB), em Brasília.

Após sofrer uma facada na barriga, em setembro do ano passado, o presidente passou por três cirurgias.

O último procedimento, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ocorreu em janeiro. A equipe médica retirou uma bolsa de colostomia que Bolsonaro utilizava e ligou seu intestino delgado a parte do intestino grosso.

G1 // AO