Nesta sexta-feira (29), será votado a reforma do Estatuto do Vitória. Após duas gestões fracassadas, as mudanças visam limitar poderes dos presidentes e criar um novo meio de tirá-los do cargo. Vale lembrar que a reforma acontece ao mesmo tempo em que se discute a antecipação das eleições e a escolha de um novo presidente já em abril. No domingo (31), os sócios dirão justamente se aceitam antecipar o fim do mandato de Ricardo David e se aprovam o novo Estatuto.
Em entrevista exclusiva ao repórter Anderson Matos, da Itapoan FM, o atual presidente do Conselho Deliberativo, Robinson Almeida, esclareceu alguns assuntos e sanou dúvidas sobre a reunião de hoje e as mudanças no Estatuto.
"Essa semana vai ser decisiva para o futuro do clube na temporada. Amanhã nos vamos reunir o Conselho Deliberativo que vai avaliar a proposta de reforma do Estatuto [do clube]. Esse Estatuto está sendo analisado por uma comissão instituída em junho de 2018, pelo ex-presidente Paulo Catharino, que concluiu o seu trabalho: fez um processo de consulta públicas, prazo para receber emendas dos sócios torcedores, sugestões e vamos apresentar esse projeto amanhã. Aproveito para convidar todos os conselheiros para participar, para que a gente faça um debate de qualidade e possa sugerir a Assembleia Geral de domingo as melhores propostas para que possa modernizar o Estatuto do clube", disse.
O atual presidente do Conselho Deliberativo também aproveitou a ocasião para falar sobre as mudanças no Estatuto.
"Existem sugestões variadas e tenho que registrar que qualquer mudança no Estatuto precisa de 60% dos votos dos sócios torcedores presentes na Assembleia. São mudanças que tem que ter uma ampla convergência. Tem pontos importantes que serão objetos do debate, como eu dou sempre o exemplo da situação que estamos vivendo: não tem nenhuma previsão no estatuto para substituição do presidente do Vitória em caso de crises extremas na qual ele perdeu todas as condições de governar o clube, que é a situação atual. Tem uma sugestão de criar uma espécie de moção de confiança [voto de confiança], onde o presidente tem que ter o apoio do Conselho Deliberativo para não submeter a sua permanência, ou não, a uma reunião de sócios-torcedores em assembleia. São sugestões que vão no sentido de aperfeiçoar as lacunas e de colocar instrumentos de controle – por parte do torcedor -, que afinal é o dono do Vitória para que o Conselho Diretor quenão cumpra com o orçamento anual, que deixe muitas dívidas para o clube, possa ter algum tipo de responsabilização civil. Creio que tem que ser controlado mais, para que as pessoas possam saber das eventuais punições que venham ocorrer caso não cumpra o que estejam previsto".
Bnews // AO