Uma casa foi demolida e outros quatro imóveis serão derrubados por estarem em área de risco, após o rompimento de uma adutora da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia.
Na ocasião, no último domingo (17), a força da água causou prejuízo e ainda provocou um "mar de lama" que invadiu quatro casas. Um quinto imóvel foi identificado na área de risco, mas não foi atingido pela água.
O rompimento ocorreu na localidade do Alto da Tapera, mas não houve registro de feridos. O local onde a adutora se rompeu fica ao lado de uma estação da Embasa. Os moradores tiveram que deixar os imóveis.
O coordenador da Defesa Civil de Ilhéus, Joandre Neres, disse que dois dos quatro imóveis tomados pela lama não possuem condições de abrigar moradores e que os outros dois estão em um local abaixo da área de uma tubulação.
"A gente decidiu fazer a retirada dos moradores, deixar a área limpa, para em caso de um novo episódio, não ter imóveis nem famílias atingidas. Estamos fazendo um intermédio com a Caixa Econômica para que a gente possa fazer a indenização aos moradores, já que as casas serão demolidas. A partir daí vamos fazer o monitoramento para que as casas não sejam instaladas nesses locais, que são classificados como áreas de risco", explicou.
Técnicos da Embasa seguem o trabalho no local para reparar a adutora. No domingo, durante o serviço, o fornecimento de água ficou suspenso em algumas localidades da cidade, mas a empresa informou que o abastecimento foi retomado.
Na noite de terça-feira (19), os moradores se assustaram ao notar novo vazamento de água nos fundos de uma casa do Alto do Tapera. A água invadiu o quintal de um imóvel e a lateral de outro. Um deles já estava desocupado, mas as moradoras tinham ido ao local para cuidar de um bicho de estimação.
"Viemos trancar o cachorro. A água estava estava minando e depois desceu com força. Uma parte do barro cedeu. Ficamos desesperadas", disse a estudante Carolaine Conceição.
O gerente de operações da Embasa, José Lavigne, explicou que o novo vazamento ocorreu em um cano no interior da estação.
O dono de uma oficina do Alto do Tapera, reclama, além do vazamento, sobre a quantidade de água que é liberada pela Embasa, através das tubulações que ficam próximas às casas da localidade.
Sobre esse caso, o gerente de operações da Embasa relatou que a água passa por locais próximos à oficina, pois o imóvel ocupa uma área chamada pé da encosta.
"Ele [o dono da oficina] está exatamente na encosta da estação. Qualquer água que tiver aqui, de drenagem, que é de chuva, ou vazamento, cai exatamente nessa oficina", contou o gerente.
G1 // AO