A acolhida é para ajudar na retomada da rotina e será feita por psicólogos. A previsão é que a ação começará às 10h.
A ação ocorre depois do massacre da última quarta-feira (13) que deixou 10 mortos. O ataque foi provocado por dois ex-alunos da escola, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos.
A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, Guilherme matou Henrique e, em seguida, se suicidou.
De acordo com o cronograma divulgado pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, a partir desta terça-feira (19), a escola será reaberta para os alunos participarem de atividades de acolhimento.
Já a definição sobre a data da retomada das aulas será tomada pela direção da escola nesta semana.
Parte da fachada da escola foi pintada. As paredes internas também vão receber outra roupagem.
A placa com o nome da escola está no chão por conta da reforma. Uma estrutura metálica usada na reforma está montada na entrada principal da escola.
Os materiais deixados na escola pelos estudantes serão entregues a partir das 10h, desta segunda-feira de acordo com um cartaz na frente da escola.
A aluna Danielle Letícia de Oliveira de 15 anos esteve na Escola Raul Brasil nesta segunda-feira para retirar o material escolar.
Ela diz que essa é a primeira vez que retorna ao prédio depois do massacre. “Como era horário da merenda, todas as nossas coisas estavam na sala. Eu saí só com o celular e a chave de casa que estavam comigo. Meus documentos, RG e cartão de ônibus ficou tudo dentro da sala junto com os livros."
A aluna conta que na hora do massacre se escondeu na cozinha e ainda não sabe se vai mudar de escola ou não.
A mãe da jovem, Janaína de Oliveira, 42 anos, afirma que apoiará a decisão que a filha tomar. "Se ela quiser voltar, eu vou apoiar, mas a gente pensa na transferência para Mogi das Cruzes também porque ela joga futebol lá. É uma decisão difícil, é um momento muito difícil. Eu não consigo dormir direito porque tenho pesadelo. Sonho que estou puxando o colar de um dos mortos. Eu chamo a Danielle para dormir comigo e estou tentando ocupar a mente dela. Mas ao entrar, ela vai relembrar tudo aquilo, as cenas. Eu que tive a sorte de ver a minha filha viva, já sofro. Imagino as mães que perderam seus filhos. Eu agradeço as merendeiras porque elas foram heroínas sem armas."
G1 // AO