Bahia

Motoristas terceirizados reclamam de atrasos de salário

Sob alegação de atraso no pagamento do salário e outras reivindicações, motoristas da empresa Proservil, terceirizada da Prefeitura Municipal de Salvador.

NULL
NULL

As atividades pararam nesta terça-feira (22), sob alegação de atraso no pagamento do salário e outras reivindicações, motoristas da empresa Proservil, terceirizada da Prefeitura Municipal de Salvador. Segundo o motorista Marcelo Andrade, que trabalha há 2 anos na área, não é novidade a empresa ser chamada a atenção. "Esta empresa, a Proservil, tem oito notificações no Ministério Público. Ela até já pagou os funcionários com cheque sem fundo", disse.

Além da falta de pagamento dos salários, os motoristas que prestam serviços para a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) reclamam do repasse de outros benefícios como transporte, ticket alimentação e adicional noturno.

"Muitos colegas estão passando por dificuldades, alguns estão sendo ameaçados de prisão, por não ter dinheiro para pagar a pensão dos filhos. Estamos devendo escolas, não pagamos contas", desabafou outro funcionário.

Esta é a terceira vez que os trabalhadores fazem uma paralisação e, por conta disso, foram ameaçados com corte de ponto. 

Os motoristas contam que faziam parte de outra empresa terceirizada, a "Epic Empreendimentos" mas, segundo eles, ela perdeu a licitação e eles tiveram que migrar para a "Pro Servil". Com isso, eles denunciam que vários trabalhadores estão há quase cinco meses sem receber a rescisão, nem a baixa na carteira.

Resposta

Ao entrar em contato com a sede da empresa Proservil, que fica em Olinda, Pernambuco, a encarregada do setor financeiro da empresa identificada como Mariana, contou que já está tentando resolver o problema do atraso.

"Tivemos um problema com a folha de pagamento, 90% dos empregados já foram pagos, mas ainda encontramos dificuldade com o banco, para pagar os outros 10%. Já estamos entrando em contato com o banco para resolver este atraso", disse.

Mas ao ser questionada sobre o atraso dos benefícios ou pagamento por cheque, ela negou o fato e disse que "não estava informada".

Já a Secretaria Municipal de Gestão Pública (Semge),  em nota, esclareceu que a empresa Proservil foi notificada e responde por descumprimento de contrato.

"Informamos ainda que, nesta quinta-feira, 24, a Semge vai receber a Proservil para possível rescisão do contrato e consequente pagamento direto aos funcionários", diz a nota.

Ainda segundo o órgão, a empresa Epic, também foi notificada e depois de uma audiência "se comprometeu em sanar as pendências no prazo máximo de 48 horas".

Foto: Reprodução/A tarde