Economia

Mesmo tendo desacelerado no mês de setembro, IPCA-15 acumula 9,57% em 12 meses

Passagens aéreas e gás de botijão foram responsáveis por um terço do índice do mês

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA- 15) desacelerou entre agosto e setembro, de 0,43% para 0,39%. O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, índice que baliza o sistema de metas de inflação. O que muda entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica. 

Juntos, passagens aéreas, com alta de 23,17%, e gás de botijão (avanço de 5,34%) foram responsáveis por um terço do índice do mês e contribuíram com 0,13 ponto percentual para o IPCA-15, sendo 0,07 ponto relativo às passagens. O gás, que sofreu reajuste de 15% em 1º de setembro, respondeu por 0,06 ponto do índice geral de inflação. 

O IPCA-15 de setembro ficou acima da estimativa média de 0,38% apurada pelo Valor Data junto a 19 consultorias e instituições financeiras, e dentro do intervalo das projeções, entre 0,30% e 0,42%. 

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 7,78%, a maior para os meses de janeiro a setembro desde 2003 (8,46%). Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice subiu 9,57% – acima dos 12 meses imediatamente anteriores (9,52%) e o mais elevado resultado em 12 meses desde dezembro de 2003 (9,86%). Assim, a prévia do índice oficial voltou a mostrar inflação acumulada bem acima do teto do intervalo da meta, de 6,5%. 

Entre as nove classes de despesas, alimentação e bebidas se destaca por apresentar pequena queda em setembro, de 0,06%, após subir 0,45% em agosto. Segundo o IBGE, os preços dos alimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baixos em relação ao mês anterior, enquanto os consumidos fora de casa aumentaram 0,51%. Vários alimentos ficaram mais baratos de um mês para o outro, a exemplo da cebola, tomate e cenoura.

Outras classes de despesa que desaceleraram, entre agosto e setembro, foram habitação (de 0,68% para 0,11%), artigos de residência (de  0,73% para 0,36%), despesas pessoais (de  0,73% para 0,51%),  comunicação (de  0,11% para 0,01%), saúde e cuidados pessoais (de 0,83% para 0,50%), e educação (de 0,78% para 0,24%).

Os gastos que apresentaram aceleração ou fim de deflação de preços, no mesmo período, foram transportes (de -0,46% para 0,78%) e vestuário (de 0,01% para 0,36%). 

(Foto: Reprodução)