A Folha de S.Paulo informa, na sua manchete, que, durante reunião realizada nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro informou ao ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) que ele será demitido.
Segundo o matutino, a conversa final teria sido ríspida. Bolsonaro tomou a decisão mesmo depois de alguns ministros tentarem convencer o presidente de que a saída de Bebianno neste momento pode fragilizar o governo.
A crise instalada na equipe começou após a revelação de que o PSL usou candidaturas laranjas nas eleições de 2018. "Bolsonaro avisa Bebianno que ele será demitido", sublinha a manchete da Folha.
O Globo também comenta o assunto em sua manchete e destaca que não houve acordo entre Bolsonaro e Bebianno. Segundo o matutino, o presidente chegou a oferecer um cargo de diretor de estatal a Bebianno, mas ele não aceitou a proposta, dizendo que a oferta seria uma demonstração de "ingratidão".
O Globo lembra que o estopim da briga aconteceu quando Bebianno foi chamado de mentiroso por Carlos Bolsonaro. O ministro tentou se reunir com Jair Bolsonaro várias vezes durante a semana, sem sucesso.
No início da tarde desta sexta, o governo chegou a assegurar a permanência de Bebianno no cargo, mas após a conversa com o presidente, a demissão teria sido confirmada. "Após atrito com Bolsonaro, Bebianno vai deixar o governo", destaca o título principal do Globo.
O Estado de S.Paulo conta que Bolsonaro teria sido convencido por auxiliares a manter Bebianno no cargo, mas depois de descobrir que o ministro vazou áudios seus para a imprensa, voltou atrás e decidiu demitir o ministro.
Segundo o Estadão, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) ficou responsável por fazer uma "saída honrosa" para Bebianno e, assim, evitar o agravamento da crise.
Para aliados do presidente, a saída de Bebianno pode interferir inclusive na tramitação da proposta da reforma da Previdência no Congresso. "Bolsonaro quer Bebianno fora; Planalto busca saída negociada", destaca a manchete do Estadão.
O Estadão também dá destaque, na sua primeira página, à abertura pela Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco de procedimento para investigar o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL, por possível caixa 2 na campanha de 2018.
G1// Figueiredo