Um homem de 51 anos passou mal durante uma endoscopia e morreu, na quarta-feira (13), em uma clínica localizada na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador.
Em seguida, o corpo do paciente foi transportado para casa da família dele por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que havia sido acionado para prestar socorro.
O caso foi denunciado pelos familiares do homem para a Polícia Civil, que investiga a situação.
De acordo com a família, o homem morreu por volta das 11h da quarta-feira, no Instituto de Doenças do Aparelho Digestivo (Idad). Edilberto Lopes Batista estava realizando a endoscopia, por conta de dores no estômago, quando se sentiu mal.
A clínica acionou o Samu para atender o paciente, mas, ao chegar no local, a equipe constatou que o homem havia morrido. Em seguida, o corpo de Edilberto foi levado para casa e colocado no sofá da sala da família.
"O Samu já deixou o corpo dentro da residência sem comunicar a ninguém. Largou lá como se fosse um indigente, como se não existisse familiar. E mandou que a família fosse buscar um atestado de óbito lá no Samu", disse Jodailton de Almeida, cunhado de Ediberto.
Sem entender o que estava acontecendo, familiares de Edilberto acionaram a polícia. Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana esteve no local e fez a remoção do corpo do homem. Edilberto foi enterrado na tarde desta quinta-feira (14), no Cemitério São joão Batista, em Feira de Santana, sob muita comoção.
Os familiares de Edilberto contam que ele não tinha nenhum problema de saúde, e tentam entender o que houve. Segundo a família, nenhum explicação foi dada pela clínica e nem pelo Samu. A situação está sob investigação da 2ª Delegacia de Feira de Santana, onde o caso foi registrado.
"Prestamos queixa e vamos correr atrás, vamos lutar por aquilo que fizeram com o corpo de meu irmão", contou Miguel Arcanjo Batista, irmão de Ediberto.
De acordo com a delegada Bianca Torres, que apura o caso, foi pedido um laudo de necropsia para apurar as causas da morte de Edilberto. A delegada informou também que vai ouvir a família, os médicos do Samu que estavam no plantão e a equipe que fez o exame da vítima.
A reportagem da TV Subaé tentou gravar entrevista com o Samu, mas a direção do órgão preferiu divulgar uma nota, informando que a médica que atendeu Edilberto considerou que a morte do paciente teria sido natural e, nesse caso, o procedimento é entregar o corpo à família.
Já a clínica que realizou o exame disse, em nota, que a endoscopia foi feita sem nenhum problema e só depois o paciente teve uma parada cárdio respiratória.
O estabelecimento informou também que tentou reanimar Edilberto e acionou o Samu, que continuou o atendimento, mas não teve êxito.
G1 // AO