Sete funcionários da Vale foram presos, na manhã desta sexta-feira (15), em uma investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, que é operada pela companhia. Uma oitava pessoa é procurada. A operação ocorre em Minas Gerais, em São Paulo no Rio de Janeiro.
Um deles, Alexandre de Paula Campanha, foi preso em casa na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em depoimento à polícia, o engenheiro Makoto Namba , que trabalha para a TÜV SÜD, disse que se sentiu pressionado por Campanha a assinar o laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho. “A TÜV SÜD vai assinar ou não a declaração de estabilidade?”, teria dito Campanha.
Namba disse à PF ter respondido que a empresa assinaria o laudo se a Vale adotasse as recomendações indicadas na revisão periódica de junho de 2018, mas assinou o documento.
Ainda segundo Namba, que chegou a ficar preso com outro funcionário da empresa e três da Vale, , “apesar de ter dado esta resposta para Alexandre Campanha, o declarante sentiu a frase proferida pelo mesmo e descrita neste termo como uma maneira de pressionar o declarante e a TÜV SÜD a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato”.
Prisões
As primeiras informações são de que 12 mandados de busca e apreensão e oito de prisão estão sendo cumpridos. Os mandados seriam para oito funcionários da Vale.
Campanha foi citado em um dos depoimentos dos engenheiros da empresa alemã TÜV SÜD contratados pela Vale.
Segundo as investigações, ele teria pressionado os engenheiros para assinar o laudo que atestava estabilidade da barragem, que se rompeu em Brumadinho, sob o risco de perder o contrato.
G1 // AO