Esporte

Perícia revela que material inflamável teria acelerado incêndio

Um dos corpos carbonizados tinha forte odor de solvente

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Alojamento do Flamengo após o incêndio. Foto: THIAGO RIBEIRO / AFP

 

O tipo de material utilizado na construção do alojamento da divisão de base do Ninho do Urubu pode ter acelerado a propagação do incêndio que matou dez atletas e deixou outros três feridos na madrugada de sexta-feira. Os primeiros levantamentos da perícia revelaram que pelo menos um dos corpos carbonizados tinha odor forte de solvente que pode indicar a presença de material altamente inflamável no alojamento onde estavam os jovens.  De acordo com o RJTV, fontes relataram que encontraram espuma no local do incêndio.

Segundo o site da empresa NHJ do Brasil, fabricante dos contêineres utilizados no CT, os módulos habitáveis são compostos por painéis termo-acústicos preenchidos com poliuretano (espuma) revestidos dos dois lados e chapas de aço formando um sanduíche

Apesar de o poliuretano ser material altamente  inflamável, especialistas afirmam que as chapas de aço absorveriam todo o calor mas não pegariam fogo. O risco maior era a existência de algum tipo de tinta solvente nas paredes.

O poliuretano é o mesmo material usado na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que pegou fogo em 2013, com 242 pessoas mortas e quase 700 feridos.

 

O Globo/// Figueiredo