O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou hoje (8) a prorrogação do tempo de permanência da Força Nacional de Segurança Pública no estado por 30 dias.
A decisão atende a um pedido que o governador Camilo Santana apresentou à pasta após o secretário nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, anunciar que os 420 agentes que estão atuando no Ceará desde o início da série de ataques criminosos que atingiu o estado durante o mês de janeiro começariam a deixar o estado esta semana. No mesmo dia, o ministério também informou não ter planos de enviar para o estado mais agentes penitenciários além dos 70 que já estão atuando no Ceará desde o último dia 14.
Segundo Theophilo, a desmobilização “progressiva” tinha sido decidida após o ministério concluir que a série de ataques a ônibus, veículos particulares, estações de abastecimento de energia elétrica e outras instalações tinha arrefecido e que as ocorrências que continuam sendo registradas não estão necessariamente associadas à ação de organizações criminosas, mas sim a "oportunistas que estão se aproveitando do clima de terror".
Na quarta-feira (6), porém, o governador Camilo Santana defendeu a permanência do efetivo da Força Nacional no estado por, no mínimo, mais 30 dias. Além disso, a secretaria estadual da Administração Penitenciária confirmou que já havia solicitado ao ministério a cessão de mais 90 agentes penitenciários da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária.
Resposta
No ofício que enviou ao governador Camilo Santana, o ministro Sergio Moro ressaltou que a atuação da Força Nacional em conjunto com as forças de segurança estaduais "promoveu uma redução das ações causadas pelos grupos criminosos, restaurando a lei, a ordem e protegendo a população cearense".
Um plano de desmobilização gradativa do efetivo cedido será elaborado. Caso a situação da segurança pública volte a se agravar, as operações poderão ser retomadas.
Além da Força Nacional, o Ceará também recebeu reforços da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.
Agencia Brasil // AO