Política

Justiça não autoriza pedido de Lula para ir ao enterro do irmão em São Paulo

Juíza acolheu pedido da PF e de procuradores que alegaram falta de viabilidade "logística" para o transporte e risco de manifestações

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Segundo familiares, Genival teria ficado abalado após prisão do ex-presidente Lula Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

 

A juíza Carolina de Moura Lebbos , da Vara Federal de Execuções Penais de Curitiba, negou o pedido do ex-presidente Lula para comparecer ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, morto nesta terça-feira vítima de um câncer .

A decisão foi tomada no início desta madrugada. A magistrada acolheu os argumentos da Polícia Federal e dos procuradores da Lava-Jato, que tinham sugerido o indeferimento por risco de fuga ou de manifestações que pudessem ferir a integridade do petista e de outras pessoas presentes na cerimônia do enterro.Outra alegação foi a falta de efetivo policial e de helicópteros, que foram deslocados para Brumadinho, em Minas Gerais.

A juíza escreveu no despacho que não seria possível atender o pedido em razão de "impossibilidade logística" para o deslocamento do petista a tempo da realização da cerimônia. Afirmou ainda que o indeferimento era necessário para a "preservação da segurança pública e do próprio preso".

"Este juízo não é insensível à natureza do pedido formulado pela defesa. Todavia, ponderando-se os interesses envolvidos no quadro apresentado, a par da concreta impossibilidade logística de proceder-se ao deslocamento", escreveu Lebbos na decisão.

A possibilidade de presos deixarem a cadeia em caso de morte de parentes é garantida pelo artigo 120 do Código de Execução Penal.

Ao fundamentar sua decisão, a juíza disse ainda que a lei outorga competência da autorização da saída do preso para comparecer a velório ao diretor da unidade prisional, que pode ou não conceder a autorização. Por isso, considerou suficientes os argumentos do superintendente da Polícia Federal Luciano Flores.

 

O Globo ///  Figueiredo