Política

Bolsonaro alega risco e determina que PF amplie segurança de Moro

Durante a campanha, o agora presidente se comparou ao então juiz para justificar ausência nos debates

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O ministro Sergio Moro durante cerimônia na qual assumiu oficialmente a pasta da Justiça e Segurança Pública

 

O presidente Jair Bolsonaro determinou nesta terça-feira (8) que a Polícia Federal tome providências para ampliar a segurança pessoal do ministro Sergio Moro (Justiça).

A informação consta em despacho assinado por Bolsonaro e publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Durante a campanha, por diversas vezes, ele disse que Moro havia se tornado prisioneiro por atuar como magistrado que mandou prender políticos e empresários no âmbito da Lava Jato.

"Eu não pertenço mais a mim mesmo. Hoje em dia eu e o Sergio Moro [juiz federal responsável pela Operação Lava Jato] não temos mais liberdade no Brasil. Nós não podemos ir a uma padaria comprar um pão, ir à praia com nossos filhos, perdemos completamente a liberdade. É um jogo de poder. A esquerda fará tudo para me tirar de combate", afirmou o presidente em outubro, durante a campanha.

Em seu despacho, diz Bolsonaro : "Diante de informações sobre situações de risco decorrentes do exercício do cargo de titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, determino à Polícia Federal providências no sentido de garantir, diretamente ou por meio de articulação com os órgãos de segurança pública dos entes federativos, a segurança pessoal do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública e de seus familiares", diz o texto.

 

O Globo /// Figueiredo