Em maio de 2017, o executivo Wesley Batista, do Grupo J&F, delatou um mensalão de R$ 350 mil ao ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O relato faz parte da investigação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República que colocam Kassab sob suspeita de recebimento de R$ 58 milhões do Grupo J&F.
Kassab é ex-prefeito de São Paulo. A partir de janeiro, ele assumirá a secretaria da Casa Civil do Governo João Doria. O ministro foi alvo de buscas da Polícia Federal nesta quarta-feira, 19. A PF pegou R$ 300 mil em dinheiro no apartamento de Kassab em São Paulo.
Defesas
"Os valores possuem comprovação de origem e cumprem todos os requisitos legais. O ministro reafirma sua tranquilidade e confiança na Justiça, e que todos os seus atos foram pautados pelo interesse público", diz nota divulgada pela assessoria de Kassab.
"O ministro confia na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, sabe que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário, reforça que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, ressalta que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público", finaliza a nota.
Doria também se manifestou por meio de nota. "A propósito das medidas tomadas em relação ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab, o governo João Doria confia na conduta da Justiça e no amplo direito de defesa do ministro para os esclarecimentos necessários", diz o texto.
Estadão // AO