Dirigentes de associações patronais que conversaram com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar entender o que ele pretende fazer com os recursos bilionários do Sistema S ficaram com a impressão de que ele está mal informado sobre o assunto e ainda não tem proposta definida.
Eles têm procurado outros integrantes do próximo governo para tentar convencê-los da importância do trabalho realizado pelas entidades que administram e manter controle sobre o dinheiro.
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, teve uma conversa de três horas com o próprio Guedes há três semanas, no Rio. Além do Sistema S, trataram de subsídios à indústria e incentivos ao desenvolvimento regional.
Nesta semana, em evento na sede da entidade, em Brasília, o empresário entregou a colaboradores de Guedes relatórios sobre o Sesi e o Senai e decisões judiciais que reconheceram a natureza privada dos recursos recolhidos das indústrias.
Na visão do futuro ministro da Economia, acabar com a obrigatoriedade das contribuições do Sistema S seria uma forma de aliviar a carga tributária das empresas e obrigar as entidades a serem mais eficientes na gestão do seu dinheiro.
Folha //// Figueiredo