A concessionária CCR e o Ministério Público de São Paulo acertaram um acordo de leniência em que a empresa admite o pagamento de R$ 30 milhões em caixa dois para campanhas no estado. Entre os nomes envolvidos estão dois ex-governadores:Geraldo Alckmin e José Serrae deputados estaduais. A CCR, por ser uma concessionária, era proibida de fazer doações eleitorais mesmo que legalmente.
O acordo estipula o pagamento de uma multa de R$ 81 milhões pela concessionária como reparação pelos crimes admitidos no acordo.
Em maio deste ano, em relatos preliminares, executivos da empresa contaram aos promotores que a campanha de Geraldo Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes, em 2010, recebeu dinheiro via caixa dois da companhia. A empresa é comandada pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Camargo Correa.
Os funcionários confirmaram pagamentos de R$ 5 milhões em doações ilegais à campanha do tucano há oito anos, intermediados por um cunhado do ex-governador, Adhemar Ribeiro.
À época, Alckmin negou todas as acusações e destacou que continuava disposto a prestar os esclarecimentos necessários.
A CCR entrou na mira dos investigadores após a delação do operador Adir Assad, que afirmou ter intermediado R$ 45 milhões para a CCR por meio de diversas concessionárias de rodovias controladas pela empresa.
O ex-diretor da Dersa , Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, teria recebido comissões de Adir Assad. Paulo VIeira teria sido o responsável por indicar o operador para a CCR. A defesa do ex-diretor negou qualquer envolvimento no esquema e qualquer relação com Assad.
O Globo /// Figueiredo