Os Correios pretendem vender 16 imóveis em nove estados do país para ajudar a enfrentar a grave crise financeira pela qual passa a estatal, que tem realizado uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos. A expectativa é arrecadar R$ 380 milhoes om a venda das propriedades.
Três desses imóveis estão com licitações abertas. O principal deles é o edifício localizado na Avenida Paulo VI, no bairro da Pituba, em Salvador. Com estrutura de 17 andares, 44 mil metros quadrados de área construída num terreno de 35 mil metros quadrados, o imóvel fica em um bairro de classe média alta, a apenas duas quadras da praia. Já foram publicados também editais de um terreno e um apartamento em Brasília.
"Recomendada por especialistas, a gestão mais eficaz do patrimônio, por meio da licitação de imóveis ociosos, é apenas mais uma das medidas que já vêm sendo adotadas pela diretoria dos Correios para garantir a sustentabilidade da empresa", afirma a estatal em nota.
Crise
No início do mês, os Correios anunciaram reajuste nas tarifas postais, com uma correção média de 5,99% para serviços nacionais e internacionais. O reajuste vem como reforço no caixa. Em 2017, a estatal afirmou que havia um represamento das tarifas em anos anteriores, quando não houve repasse integral da inflação.
A empresa acumulou dois rombos de R$ 4 bilhões nos anos de 2015 e 2016. A estatal já abriu Plano de Desligamento Incentivado, fez cortes de funções e cargos comissionados e tem fechado gradualmente agências pelo país.
Em outubro, a estatal anunciou o fechamento de 41 agências em várias partes do país, como "parte de um “processo de remodelagem da rede de atendimento, por meio da otimização e realocação dos recursos existentes".
Em agosto, reportagem do G1 constatou a falta de embalagens em agências de São Paulo.
Em março, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) autorizou os Correios a cobrar dos funcionários mensalidades do plano de saúde. O valor da mensalidade depende da renda do trabalhador. A decisão vale até julho de 2019. Pode ainda ser cobrada coparticipação para consultas e exames, limitada a dois salários para funcionários da ativa e de três salários para aposentados.
G1 // AO