Polícia

Operação conjunta resulta na prisão de 10 suspeitos de assaltos a carros-fortes na Bahia

Operação resulta na prisão de 10 suspeitos de assaltos a carros-fortes na BA

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Quatro foram apresentados nesta quarta-feira, 21. Três negaram participação nos crimes - Foto: Raul Aguiar l Ag. A TARDE

 

Denominada como "Assaí", uma operação conjunta das polícias militar, federal e civil, desarticulou organizações criminosas especializadas em assaltos a carros-fortes na região de Salvador e Lauro de Freitas, situada na região metropolitana (RMS). De acordo com a polícia, cerca de 10 pessoas foram presas, um homem, identificado pelo prenome Fabiano, morreu em confronto e 2 carros foram apreendidos.

Durante coletiva realizada na tarde desta quarta-feira, 21, foram apresentados os quatro suspeitos Altalice Santos de Jesus, de 48 anos, Carlos Alberto Salles, 64, Wenderson Rodrigues, 34 , e Emanuel Amorim Diger Sobrinho, 43. Destes, três negaram participação em alguma das ações criminosas.

Segundo o delegado Marcelo Sansão, diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil, o alvo dos suspeitos seria os vigilantes durante o descarregamento ou recolhimento dos valores.

"Essa quadrilha faz parte de uma modalidade de crime que classificamos como 'calçada'. Nesse tipo de ocorrência, os valores são subtraídos das mãos dos vigilantes no momento que eles estão para ser entregues aos clientes ou quando eles estão recolhendo", afirmou Sansão.

Ainda conforme o delegado, devido ao reforço da vigilância policial, o grupo estaria deixando de atacar instituições financeiras para investir nos estabelecimentos comerciais. Esse tipo de ocorrência não foi registrada no ano passado.

"Notamos na investigação que houve uma migração por facilidade. Em 2017, não tivemos ocorrência desse tipo de crime. Em 2018, passamos a ter várias. Conseguimos trazer na investigação, indivíduos que migraram de prática contra instituições financeira para esses formas criminosas”, revelou.

A polícia confirmou a participação do grupo em quatro ações criminosas, sendo a primeira no Gbarbosa do Cabula em fevereiro, a segunda, em março, no Shopping Itaigara, e mais duas em estabelecimentos localizados nos bairros de Águas Claras e São Cristóvão. Os suspeitos deverão responder por roubo qualificado e associação criminosa.

Negaram participação

Dos três suspeitos que negaram participação estavam a empregada doméstica Altalícia Santos e o mecânico industrial Emanuel Amorim.

Altalícia disse que teria sido presa em represália por ter se relacionado com Delcimar Alves, apontado pela polícia como o olheiro da quadrilha, morto em confronto no dia 1 de outubro.

De acordo com o delegado, para passar as informações  sobre o local e a presença da polícia, Delcimar chegou até mesmo a se disfarçar como cadeirante.

"Fui acordada por policiais despadronizados, que chegaram na minha casa e me conduziram para cá. Eu não tenho ligação com roubo de carro-forte. Não preciso roubar nada de ninguém. Não participo de facção nenhuma, eu tive um relacionamento com Delcimar, mas terminei com ele faz tempo, deve ser por isso que estou aqui”, declarou Altalícia.

 

A Taarde/// Figueiredo