O presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no exercício da Presidência da República, buscou hoje (21) dissociar o comando do DEM das indicações, já confirmadas, para três ministérios no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo ele, as indicações também não têm relação com a disputa para a presidência da Câmara. “As indicações não são do DEM”, afirmou.
A definição dos nomes dos futuros ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde), todos do DEM, provocou reações no Congresso, inclusive em partidos que integram o chamado Centrão, que apoia Bolsonaro.
“Talvez alguns já estejam pensando na presidência querendo vincular uma coisa com a outra para tentar enfraquecer uma possível candidatura minha, que não está nem decidida porque a gente não é candidato nem só do nosso partido, nem das nossas vontades”, disse Maia.
Para o presidente da Câmara, o momento exige harmonia e equilíbrio. “A Câmara, mais do que nunca, precisa ser a Casa do equilíbrio, a Casa que ouve todos, a Casa do povo brasileiro. É isso que deve nos nortear para o próximo biênio, uma Casa que mais do que nunca consiga ouvir toda a sociedade brasileira, respeitando o espaço da maioria, mas também compreendendo que se formou uma maioria de ideias que precisa ser pautada e, se possível, na área econômica ser aprovada.”
Oficialmente, Maia ainda não assumiu que está no páreo pela reeleição da presidência da Câmara. Porém, o presidente nacional do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), confirmou que a reeleição é prioridade para legenda. Nesta quarta-feira (21), ACM Neto se encontra em Brasília com o colega de partido e ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni.
Agencia Brasil // AO