O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso há mais de um ano e dois meses na Papuda, se tornou réu em mais quatro ações penais por fraudes na Caixa Econômica Federal, informa a coluna Satélite, do jornal Correio*.
As denúncias estão no âmbito da Operação Cui Bono, que investiga a concessão de crédito da Caixa em troca de propina, e foram aceitas pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça Federal do Distrito Federal.
Além de Geddel, outros 17 acusados se tornaram réus nas mesmas ações, ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no mês passado. Entre eles estão o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também preso; o ex-ministro Henrique Eduardo Alves; o operador Lúcio Funaro e o ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto. Todas as denúncias foram aceitas no último dia 11 por Vallisney, o mesmo magistrado que havia ordenado a prisão de Geddel.
Segundo a publicação, o magistrado deu prazo de dez dias para que os acusados apresentem uma resposta. Ele também pede que a Polícia Federal apresente, em 15 dias, relatório dos bens apreendidos ao longo da investigação.
Conforme a denúncia, as quatro ações estão relacionadas a operações de crédito para Marfrig, Bertin, J&F e Grupo BR Vias e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, bem como duas operações com recursos do FI-FGTS. O MPF pede, no total, o pagamento de multa e ressarcimento de recursos que ultrapassam R$ 3 bilhões.
Um dos desdobramentos da Cui Bono é a Operação Tesouro Perdido, que encontrou malas de R$ 51 milhões em um apartamento atribuídos ao ex-ministro da Integração em Salvador.
Todos os réus, por sua vez, responderão pelos crimes de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.
Bahia.ba // AO// Figueiredo