A mãe do jogador Daniel, morto em 27 de outubro na Região de Curitiba, afirmou que a família suspeita do crime é sangue frio. "Eles são monstruosos", disse.
Ela conversou com a repórter da RPC Carolina Wolf por WhatsApp.
"Eu estou fazendo um esforço muito grande para falar, não consigo nem comer direito, nem dormir. Meu coração está despedaçado", contou.
Daniel foi encontrado morto em São José dos Pinhais depois de ir a uma festa na casa da família Brittes.
O jogador tinha 24 anos e deixou uma filha, de um ano e dez meses. A mãe do jogador contou que vivia em função de Daniel e da criança.
"Eu tinha um filho que era a minha vida. Ele era um menino muito bom para a filha dele", afirmou.
Dois dias depois da morte de Daniel, Edison Brittes Júnior – que confessou ter matado o jogador, em entrevista à RPC – ligou para dar os pêsames à mãe do jogador, conforme já havia dito o advogado de defesa da família do atleta.
A ligação foi feita quando as investigações ainda não tinham apontado quem havia matado o jogador.
"Eles tiveram coragem de me falar com a voz mais doce do mundo para me ajudar no que fosse preciso, que eu podia contar com eles para o que fosse preciso. Me mandaram fotos falando que estavam indo para o IML [Instituto Médico-Legal], para ter certeza que não era ele”, disse a mãe do atleta.
Edison Júnior alegou que matou Daniel porque o atleta tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa do empresário.
Edison Júnior, de 38 anos, a esposa Cristiana, de 35, e Allana Brittes – que é filha do casal e tem 18 anos – estão presos temporariamente. O prazo da prisão é de 30 dias.
Na decisão que determinou as prisões, a Justiça disse que há indícios de que Edison Júnior, Cristiana e Allana atuaram ameaçando e coagindo testemunhas a apresentar versão uniforme.
Para a Justiça, se as duas permanecessem em liberdade, poderia haver comprometimento de provas testemunhais.
G1 // AO