Justiça

Coronel investigado por ameaças a ministros do TSE é preso e passa a usar tornozeleira eletrônica

Justiça Federal do Rio proíbe que militar use armas, viaje para Brasília e que fique a menos de 5 km de ministros do TSE

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O coronel da reserva Antônio Carlos Alves Correia Foto: Reprodução/Facebook

O coronel da reserva Antônio Carlos Alves Correia Foto: Reprodução/Facebook

 

 O coronel da reserva Antônio Carlos Alves Correia, investigado por gravar vídeos ameaçando “derrubar” ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) fosse cassada por crime eleitoral, foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido na última  sexta-feira pela Polícia Federal(PF) no Rio de Janeiro.

Foram apreendidos computadores e aparelhos celulares do militar. Alves também passou a ser monitorado por umatornozeleira eletrônica.

O coronel da reserva também está proibido de andar armado, ter arma em casa e de se deslocar até Brasília. Além disso, precisa manter uma distância de ao menos de cinco quilômetros de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do TSE e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. As medidas foram expedidas pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. 

Em nota, a Polícia Federal comunicou que cumpriu nesta tarde um mandado de busca e apreensão e que o juízo determinou o monitoramento eletrônico do investigado, mas não informou o seu nome.

O GLOBO apurou com fontes envolvidas no caso que se trata do coronel Alves Correia. “A ação é resultado de representação da Polícia Federal à Justiça, com o objetivo de investigar ameaças e ofensas, divulgadas em vídeos na internet, a diversas instituições e autoridades da República”, disse a PF.

Alves Correia gravou vídeos em que dirigiu ofensas a ministros e chamou a presidente do TSE Rosa Weber de “corrupta” e “salafrária”. Ele também criticou ministros do STF. Além de ser investigado na Justiça Federal ele é alvo de uma investigação que corre no Ministério Público Militar (MPM) para apurar os ataques proferidos por ele a autoridades públicas.

 

O Globo // Figueiredo