Política

Bolsonaro defende fim da reeleição e redução de parlamentares em até 20%

Candidato do PSL sinalizou ainda que, se eleito, poderá manter nomes do governo Temer

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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, deu entrevista neste sábado Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

 

O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro , defendeu, neste sábado, o fim da reeleição e, que se vitorioso nas urnas no próximo domingo, a nova regra já passe a valer para ele próprio. Sem detalhar a proposta, o capitão da reserva afirmou ainda que atuará por uma reforma política que reduza o número de parlamentares em até 20%.  

Um presidente não tem autoridade de fazer reforma política, cada parlamentar vota de acordo com seu interesse. O que eu  pretendo fazer, tenho conversado com o Parlamento também, é fazer uma excelente reforma política para acabar com instituto da reeleição, que no caso começa comigo se eu for eleito, e diminuir um pouco, 15% ou 20%, a quantidade de parlamentares – disse Bolsonaro.

Em entrevista a jornalistas na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, onde tem gravado seus programas eleitorais, o candidato também sinalizou que pode manter quadros da administração Michel Temer (MDB) em um eventual governo. Ele, no entanto, se recusou a citar nomes. 

Questionado se o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, será mantido no cargo, como vem sendo especulado, Bolsonaro foi evasivo: 

–  Eu não sei se (Goldfajn) vai ser mantido. O que está dando certo tem que continuar. Não vou dizer que tudo está errado no governo Temer – disse, afirmando que a queda do dólar teria relação mais com a eleição do que com a atuação direta do presidente do Banco Central. – O dólar caiu muito mais por pesquisa do que por ação dele.  

O presidenciável afirmou que o nome para o Banco Central será decidido junto com o seu consultor para a área econômica, Paulo Guedes. Ele ainda atacou seu adversário Fernando Haddad (PT) por se consultar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba.  

— Não (tenho um nome para o Banco Central), isso eu converso com o Paulo Guedes. Eu prefiro conversar com ele do que outro candidato conversar com o presidiário – atacou. 

Bolsonaro disse que o astronauta Marcos Pontes, capitão da Aeronáutica, deve anunciado para a pasta da Ciência e Tecnologia de seu eventual governo: 

— Vem o quarto ministro aí, mais um militar. É o coronel da aeronáutica Marcos Pontes. (Está) Quase confirmado – afirmou, adiantando que a proposta é separar a Ciência de Tecnologia da área de Comunicações, atualmente juntas em um mesmo ministério sob comando de Gilberto Kassab (PSD). 
 

O Globo /// Figueiredo