Bahia

Mais de 260 detentos já deixaram presídio de Feira de Santana para prisão domiciliar após decisão da Justiça

Juiz alegou falta de estrutura em unidade prisional e determinou que 320 detentos do semiaberto cumpram prisão domiciliar -- 54 ainda aguardam liberação.

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Conjunto Penal de Feira de Santana â?? Foto: Almir Melo / TV Subaé

Subiu para 266 o número de detentos do regime semiaberto do Conjunto Penal de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, liberados para cumprir prisão domiciliar, até esta quarta-feira (17).

De acordo com o diretor do presídio, capitão PM Allan Silva, os presos deixaram o presídio após determinação da Justiça. Além deles, outros 54 tiveram a saída autorizada, mas ainda não foam liberados.

A decisão pela liberação dos detentos foi do juiz Waldir Viana Ribeiro Júnior, titular da Vara de execuções penais de Feira de Santana. As saídas dos presos ocorrem desde o final de setembro.

Os presos que saíram do presídio não receberam tornozeleira eletrônica, pois o interior do estado ainda não dispõe do equipamento.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que vai recorrer da decisão, porque não tem como monitorar os presos sem as tornozeleiras.

Segundo a Seap, a licitação que prevê a aquisição de 3.200 mil equipamentos ainda está em andamento. O processo começou em 2017.

Interdição

A decisão de liberar os presos foi tomada cerca de cinco meses após o conjunto penal ser parcialmente interditado por conta do descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que, entre as determinações, previa a separação de presos do regime fechado e semiaberto, bem como dos presos provisórios e dos definitivos.

O presídio ficou impedido de receber novos detentos por mais de três meses. Enquanto isso, o Complexo de Delegacias de Feira de Santana teve superlotação. Quatro dias após o conjunto penal ser liberado pela Justiça, duas fugas foram registradas na unidade.

Atualmente, o conjunto penal tem 1.718 mil detentos. No entanto, a capacidade máxima é de 1.356 mil presos — 362 a mais.

G1 // AO