Numa disputa marcada pelo choque de forças entre o antipetismo e o “ele não”, alguns dos principais partidos do Congresso decidiram nesta terça-feira manter neutralidade no segundo turno, liberando seus filiados para optar entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Com a exceção do PTB, que declarou apoio formal ao ex-capitão e ao PSB, que fechou com Haddad, siglas do campo moderado – como o PSDB, PP, PR, Novo e o DEM – optaram por “manter o silêncio e deixar o palco vazio” para que o eleitor faça sua escolha, como justificou, em nota, uma das siglas ao isentar-se de escolher um lado no dia 28.
Em 2014, em uma eleição marcada pela velha polarização entre PT e PSDB, apenas o PSOL, que teve Luciana Genro como candidata, optou por ficar neutro no segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves.
Na reta final da disputa, tanto Dilma quanto Aécio lideravam coligações com nove legendas, mas só o tucano ampliou o universo de apoiadores. Nos primeiros dias de campanha no segundo turno, ele conquistou a adesão dos nanicos Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC) e de Marina Silva, que liderava uma coligação de seis partidos. Dilma Rousseff, a frente de uma aliança de nove legendas, não conquistou apoios.
O Globo /// Figueiredo