Moradores de comunidades de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, sofrem com intenso tiroteio na madrugada e manhã desta segunda-feira (8). De acordo com o major Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar, a disputa entre traficantes e milicianos criminosos é o motivo dos confrontos.
Nas imagens flagradas pelo Globocop, ao menos 18 milicianos aparecem vestindo fardas parecidas com a da PM. A polícia informou que não há operação nas comunidades do Rola, Antares, Cesarão e Aço.
“Essas pessoas não são policiais militares. Estamos vendo cenas absurdas na nossa realidade. Temos um confronto entre milicianos e traficantes pela disputa territorial pela localidade do Rola, Antares, Cesarão e Aço”, explicou o major.
De acordo com a PM, três suspeitos, sendo um menor, foram baleados e socorridos para os Hospitais Pedro II, em Santa Cruz, e Lourenço Jorge, na Barra. A polícia vai investigar em que circunstâncias eles foram feridos. Por volta das 7h30, policiais do 27º BPM (Santa Cruz) chegaram em viaturas blindadas para fazer uma ação nessas comunidades.
Globocop flagra guerra entre milicianos e traficantes na Zona Oeste do Rio
No início da manhã, o grupo andava tranquilamente com armamento pesado, como fuzis, pela região, como flagrou o Globocop. Com medo por causa da troca de tiros constante, moradores não puderam sair de casa.
“A gente observa que há um grande contingente de marginais, uma grande quantidade de armas sendo empregadas. A situação é bem complexa. Estamos vindo de uma grande mobilização que fizemos ontem por conta das eleições. Foi um grande sacrifício por parte dos homens e mulheres da Polícia Militar, e hoje, já temos que lidar com essa rotina complexa da nossa realidade”, disse o porta-voz da PM.
“A missão nesse momento é estabilizar o terreno. Posicionar os veículos estrategicamente seguros, com viaturas blindadas que possam ficar entre esses dois grupos de homens que deliberadamente querem se matar e interromper esse confronto. Estabilizar a área nesse momento é fundamental. São cenas absurdas. Homens com armas de guerra disparando em plena praça pública”, completou o major Ivan Blaz.
G1 // AO